Num dia normal, uma pessoa normal, acorda, cumpri suas tarefas, dormi e completa o dia-rotina. Com a satisfação de quem não fez nada de novo e não se importa nem um pouco com isso, o Zé da cidade, que também poderia ser o zé do campo, ou o Zé intergalático, é um entre milhões, que só quer a calma e a mesmisse diária para poder tocar sua vida num ritmo de valsa dançada por quem não sabe dançá-la. Tudo igual, como sempre, até que num dia indeciso de sol e chuvas relâmpago, alguém “diferente” bateu na porta do conhecido Zé da gente. A visão foi mágica e assustadora. Na verdade, nem tanto...
-Olá- disse o recém chegado, com uma longa capa preta, o capuz escondendo o rosto, e um item curioso na mão.
Nosso Zé disse com um sorriso sem graça: Oi. Ah, não quero comprar nada, obrigado.
-Nem eu, o que quero, irei ceifar.
Os fios de cabelo do nosso amigo, só não ficaram em pé, pois eram duros e baixos. Mas, o short estava molhado, normal, já que ao ouvir a palavra “ceifar” vinda de uma figura sinistra com um item suspeito na mão, o copo com a água que ele segurava virou e derramou um tanto em parte da camisa e do short.
-Mas, o que eu fiz?
-A questão, Zé, é o que você não faz. O mundo tem muita gente como você. Qual o sentido de deixar sua espécie proliferar, se vocês não se queixam, não se arriscam, não bagunçam, nem nada? Me diga, o que você faz?
Surpreso pelo fato da Morte, falar tanto antes de” levar” alguém, nosso garoto se enrola um pouco com as palavras, tenta beber a água do copo e engasga. Responde: Eu não sei, mas porquê é você quem julga minha vida?
-É porque você, Zé, já não está inteiramente vivo, entende?
Nosso amigo entendia tudo muito bem é claro! Pois seu coração batia quase rasgando o peito, prestes a saltar e “quicar” no tapete de “Seja bem vindo”.
-Zé zumbi, venha comigo, é seu destino.
Espere... não quero que o “mocinho” se dê mal, estou acostumado com os finais felizes, burgueses!
-Espere, Morte! Posso não estar fazendo muita diferença por aqui, mas não muda o fato de que estou aqui! Não irei com você! Mas, obrigado por me visitar, daqui pra frente vou sempre pensar antes de fazer alguma coisa, se posso fazer algo mais. Agora, pare de perder seu tempo imortal, e procure um Zé que queira ir sem antes tentar lutar! Pegue sua foice e vá embora, bateu na porta errada.
-Foice? Ah, isso... Bem, duvidei que daria para você mas, bem... tome. Você mereceu.
A “Morte” que nada matou, deu meia volta e numa piscada do olho-zé, havia sumido, sem barulho, sem nada. O Zé vencedor, desembrulhou o item e estacou: O tal “Morte” o havia presenteado com um Berimbau Brasileiro. E tinha um bilhete. “Você escolheu viver, portanto, lute, dance e sorria.” Um gesto simbólico que tocou nosso herói. Zè, pode até não dançar, chorar às vezes e perder umas lutas, mas ele foi vitorioso na resposta que deu a “Morte”. Naquele momento, o Zé foi principal, fez diferença nele mesmo, ele brilhou.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
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Um comentário:
relaxe meu jovem!
vc deu azar então!
eu coloco meu link por lah e recebo comentarios legais!
todos os meus favoritos são de pessoas q comentaram e ainda comentam com qualidade, falam do texto, dizem como posso melhorar... sei q a primeira impressão eh q fica, mas tente novamente man!
vale a pena, vc vai conhecer pessoas legais por lah!
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